Embora o nome sugira um benefício voltado apenas para famílias, o Bolsa Família também atende pessoas que moram sozinhas. Nesse caso, o indivíduo se registra como família unipessoal, ou seja, uma unidade formada por apenas uma pessoa. Para ter acesso ao programa, a pessoa precisa cumprir as mesmas regras aplicadas a qualquer família, sendo a principal exigência a renda mensal por pessoa.

No caso de quem vive sozinho, a renda total não pode ultrapassar R$ 218 por mês. Todas as fontes de renda entram no cálculo, incluindo salário, aposentadoria, pensão, trabalhos informais ou bicos. Se a pessoa ultrapassar esse limite, o CRAS pode recusar ou cancelar o benefício.

Como comprovar que mora sozinho

Declarar que vive sozinho não basta. É necessário comprovar a condição de família unipessoal no Cadastro Único (CadÚnico). Entre as formas de validação aceitas pelo CRAS estão:

• Apresentar comprovante de residência em seu nome, como conta de luz ou água;
• Fornecer declaração escrita de próprio punho, quando aceita pelo CRAS;
• Receber visita domiciliar de um assistente social;
• Obter declaração de lideranças comunitárias ou responsáveis do CRAS, em casos excepcionais.

Passo a passo para se inscrever

O processo de inscrição exige atenção para evitar bloqueios. Primeiro, a pessoa deve procurar o CRAS da cidade e levar documentos como RG, CPF ou Título de Eleitor, comprovante de residência e comprovante de renda, se houver. Além disso, durante o atendimento, ela precisa informar que mora sozinho para registrar a condição como família unipessoal.

Após o cadastro, o governo analisa os dados e define se a pessoa tem direito ao benefício. É possível acompanhar o andamento pelo aplicativo Bolsa Família, pelo CadÚnico ou diretamente no CRAS. Assim que aprovado, o pagamento acontece mensalmente, geralmente pela Caixa Econômica Federal ou pelo app Caixa Tem. Dessa forma, a pessoa consegue receber o auxílio de maneira segura e organizada.

Fatores que podem impedir o recebimento

Alguns fatores podem impedir a pessoa de receber o benefício, mesmo que cumpra os critérios, como:

• Renda acima do limite permitido;
• Informações incorretas ou incompletas no cadastro;
• Falta de atualização no CadÚnico;
• Cadastro duplicado ou inconsistências;
• Descumprimento das condicionalidades do programa.

Por isso, para garantir o benefício, a pessoa deve manter o cadastro atualizado e proteger seus dados pessoais. Sempre que houver mudança de endereço, renda ou composição familiar, é fundamental informar imediatamente o CRAS. Além disso, nunca compartilhe informações pessoais com terceiros e utilize apenas canais oficiais do governo, como aplicativos e sites do Bolsa Família e do CadÚnico.

Direitos e benefícios para quem mora sozinho

O Bolsa Família reconhece diferentes arranjos familiares, incluindo quem vive sozinho. Normalmente, o valor tende a ser o mínimo, já que não há dependentes. No entanto, gestantes podem receber acréscimos. Assim, com o cadastro correto e a renda dentro do limite, quem mora sozinho tem direito ao benefício e pode contar com essa ajuda para enfrentar os custos do dia a dia.

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