A procura por atendimento psicológico cresce rapidamente no Brasil, mas a estrutura disponível ainda não acompanha a demanda, segundo especialistas. Embora a saúde mental seja um direito constitucional e esteja prevista em normas como o Estatuto da Criança e do Adolescente, muitas pessoas ainda encontram dificuldades para conseguir apoio profissional.
Dados recentes do Datafolha mostram que problemas como ansiedade, distúrbios do sono e falta de apetite atingem um terço da população. Além disso, 20% relatam dificuldade de concentração, e cerca de 25% têm pouco interesse nas atividades diárias. No SUS, o número de atendimentos psicológicos chegou a 27,9 milhões em 2023, representando um aumento de 23% em relação ao ano anterior.
Desafios e desigualdades no atendimento psicológico
Apesar disso, a cobertura continua desigual: nove em cada dez municípios têm menos de um psicólogo por mil habitantes, e em 400 cidades não há profissionais na rede pública. Cristina Ventura Couto, da UFRJ, afirma que o cuidado com a saúde mental vai além do atendimento clínico. “É preciso integrar ações na comunidade e políticas de inclusão social. Não existe saúde mental sem justiça social e democracia”, observa.
Passo a passo para atendimento pelo SUS
O Sistema Único de Saúde oferece atendimento psicológico por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esta rede inclui atenção primária, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços de emergência e programas de reabilitação. Primeiramente, o cidadão deve procurar uma Unidade Básica de Saúde. Lá, um clínico geral avalia a situação e encaminha para o psicólogo ou CAPS.
Contudo, a espera pode ser longa, especialmente em cidades com poucos profissionais. Por exemplo, no Rio de Janeiro, pacientes aguardam cerca de três meses e meio para uma consulta. Portanto, é importante se organizar com antecedência.
Alternativas fora da rede pública
Além do SUS, ONGs e coletivos oferecem suporte psicológico. Entre eles estão o CVV, que atua na prevenção do suicídio, a Casa 1, voltada ao público LGBTQIAPN+, e o Prematuridade, que atende famílias com bebês internados em UTIs neonatais. Ademais, clínicas-escola de universidades também podem fornecer atendimento supervisionado, embora com vagas limitadas.
Portanto, o cenário evidencia a necessidade de políticas públicas mais eficazes e do fortalecimento de redes de apoio. Somente assim, mais brasileiros terão acesso a cuidados em saúde mental de forma rápida e segura. Confirma mais informações em: https://vivaosus.com/psicologo-sus
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