O governo federal aposta em inovação para recuperar o interesse da população pelo preservativo. Dois novos modelos – mais fino e com textura – já estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.
A iniciativa surge após estudos nacionais e internacionais mostrarem queda no uso da camisinha, especialmente depois da pandemia de Covid-19. Além disso, pesquisadores explicam que a redução da procura reflete mudanças no comportamento sexual dos jovens e a popularização de outros métodos de prevenção, como a PrEP.
Mudança de estratégia
Com a novidade, o Ministério da Saúde pretende reverter o cenário e tornar o preservativo mais atrativo. A pasta planeja distribuir 400 milhões de unidades até o fim de 2025.
Especialistas afirmam que a decisão vai além de ampliar a oferta: representa uma tentativa de reposicionar a camisinha como item essencial da saúde sexual. “O prazer e a adaptação importam tanto quanto a eficácia. Se a pessoa não gosta do produto, não vai usar”, destaca o infectologista Alexandre Naime Barbosa.
Acesso facilitado
Os novos preservativos estão disponíveis sem burocracia nas Unidades Básicas de Saúde. Portanto, qualquer pessoa pode retirar sem limite de quantidade e sem necessidade de documentos, reforçando a ideia de acesso universal.
Desafio cultural
No entanto, mesmo com a ampliação da oferta, mudar hábitos continua sendo o maior desafio. Dados do IBGE apontam que seis em cada dez brasileiros não usam camisinha em nenhuma relação sexual ao longo do ano.
Enquanto isso, especialistas defendem que apenas campanhas contínuas de informação e educação podem garantir adesão a longo prazo.
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